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Não há finais felizes

Não há finais felizes

Uma coisa gira que ando a estudar atualmente é que não existem finais felizes.

Segundo o professor e autor Joseph Campbell, a vida tal como a jornada do herói, é formada por um conjunto de tragédias e comédias consecutivas. O que isto significa é que assim que começas a vislumbrar o final de uma fase cómica (feliz) da tua vida logo de seguida surge uma fase trágica (triste) e assim sucessivamente até ao final dos nossos dias.

A vida funciona como um conjunto de mortes e renascimentos que acontecem de forma cíclica e inevitável.

Eu sei que isto parece ser uma péssima notícia, mas a verdade é que depois de perceber isto, algo em mim se sossegou. A parte de mim que me diz que é a minha obrigação ser feliz e que se assim não for então estou a falhar a vida.

Muitos milhões de livros se vendem por todo o mundo em prol da utópica felicidade. E quem diz livros, diz também cursos e retiros e consultas disto e daquilo. Há todo um mercado que existe graças a um mito. O mito da felicidade como algo definitivo. O mito da felicidade como um estado de graça a que se pode chegar se ao menos jogarmos as cartas certas da maneira certa.

Cada vez acredito menos nisso. Estou a dar espaço a esta visão de que a vida vai acontecer quer queiras quer não. Que há uma pequena parte que depende de ti que é aceitares fazer a jornada pelos teus próprios pés ou arrastado pelos cabelos pela inevitabilidade que é estar vivo. Eu tenho tido a sorte de escolher fazer as minhas jornadas pelos meus próprios pés e estou grata por isso. Mas a jornada … essa não há como evitá-la. Há uma pequeníssima parte de todo este mistério que diz respeito ao livre arbítrio. Mas tudo o resto é apenas morte e renascimento. Tragédia e comédia.

Only birth can conquer death – the birth, not of the old thing again, but of something new.
Joseph Campbell

Desejo-te um dia cómico ou trágico, seja como for, vai passar ?

Jo ♥

 

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